As confissões de Frei Abóbora

Febril, em uma canoa num rio do Xingu sob um sol opressor, Frei Abóbora (Mauro) delira e rememora acontecimentos de sua vida. Em São Paulo, Mauro vivia de biscate, era modelo para pintores e até mesmo se prostituía com homens e mulheres. Certa noite, numa festa, ele conhece Paula, moça rica, e inicia um relacionamento. Passa a morar com ela, que o sustenta. Mauro começa uma promissora carreira de pintor, com exposições concorridas. Conhece Sílvia e se envolve em novo romance. Eles vão ao Xingu e vivem um tempo com os índios. O casal briga e retorna à São Paulo. Paula está de volta de uma viagem à Europa, e eles reatam. O relacionamento vai mal. Ela bebe cada vez mais e as brigas são freqüentes. Eles vivem juntos há quase dez anos e Paula resolve se separar. Ela confessa que sempre o sustentou, pois comprara quase toda a sua produção artística, que fica empacotada em um cômodo da casa. Tempos depois, Mauro recebe uma carta póstuma da companheira. Ela explica que estava muito doente, à morte, por isso havia rompido com ele. Frei Abóbora abandona sua vida na cidade e vai viver e trabalhar pelos índios.